A evolução do crédito imobiliário brasileiro está diretamente ligada à criação de novos programas de financiamento imobiliário. O motivo é o aquecimento do mercado devido aos novos hábitos de consumo que a pandemia trouxe. De forma geral, o crédito imobiliário brasileiro já representa quase 10% do PIB (Produto Interno Bruto). O percentual era de apenas 1,5% no ano de 2003 e passou para 8,56% em 2017, segundo informações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Um cenário que anima os players do imobiliário é que em países como Alemanha e Canadá esse índice ultrapassa 50% do PIB, sendo assim, ainda há muito a ser explorado no Brasil, país que possui empréstimos imobiliários em aberto totalizando R$ 720 bilhões. Especialistas estimam um déficit habitacional de cerca de 4,5 milhões de unidades, um tentador gap para incorporadores e bancos.
O mercado de financiamento imobiliário brasileiro ainda é nascente e os grandes empresários do imobiliário preveem que as vendas de imóveis terão alta procura nos próximos 30 anos caso as taxas de juros continuem em níveis baixos. As mudanças nos juros abrem caminho para novas modalidades de financiamento, a médio e curto prazos, por exemplo, com entrada mínima de 10% do valor, sendo os outros 90% diluídos em até 30 anos. Dessa forma, novos públicos são atraídos e uma nova geração deverá movimentar o mercado imobiliário nos próximos anos.